sábado, 16 de maio de 2009

VALDO LEITE & CESAR CRUZ “ESCRITORIO DE ARTE CESAR CRUZ” NA FEIRA DE ANTIGUIDADES E DESIGN DO MuBE


VALDO LEITE & CESAR CRUZ

“ESCRITÓRIO DE ARTE CESAR CRUZ”

VALDO LEITE & CESAR CRUZ “ESCRITORIO DE ARTE CESAR CRUZ” Na Feira de Antiguidades – MuBE, todos nós podemos conviver com a arte e a antiguidade, desfrutando do belo artístico, da cultura expressa por meio de objetos de arte de quase todas as épocas. O visitante tanto pode através de sua observação aprender, deleitar-se ou até mesmo investir em real valor. O tempo já comprovou isso, pois uma boa peça agrega o valor estético, documental e monetário. Quando a obra é autentica ou cobiçada. Óbvio. É minha função estar por entre os expositores e conversar com eles sobre arte e antiguidades, mostrar suas intenções e propostas, para torna-los conhecidos por entre os nossos leitores. Quem sabe até frequentadores deste tradicional evento. No domingo reservado ao dia das mães, os expositores estiveram a postos já sabendo que o movimento seria magrinho, mas necessário. Muitas mães ficaram felizes, podemos até imaginar, pois receberam suas lembranças provenientes da Feira. Entre os antiquários que lá estiveram estava Waldo Leite, com o qual tive a chance de conversar. Gentilíssimo esteve ao dispor desta entrevista por durante quase duas horas. Trabalho com arte há dois anos e meio; sou formado em comercio exterior e temos escritório em Paris e em São Paulo. Trabalhei com hotelaria, mas atraído pelo fascino da arte, acabei migrando para este ramo de atividade. Waldo não vacila, afirma, como se já estivesse atuando há séculos, sabe falar e demonstra segurança nas informações que nos passa. Eu e o César Cruz temos atividade com o comércio de artes e de antiguidades e estamos estabelecidos aqui em São Paulo, no Conjunto Nacional na Avenida Paulista. Fazemos intercambio com muitos paises, por isso as obras devem ser realmente autenticas e de qualidade. Pedi ao Waldo que narrasse um pouco do começo de sua história. Eu sempre gostei de arte, minha mãe sempre comprou e colecionou boas peças, ela tem muita cultura. Já vinha influenciada pela família. Descendia de alemães e espanhóis e trazia no sangue a cultura que eles tinham adquirido em suas origens. Minha mãe apurou muito seu saber e me transferiu tudo que aprendeu e me influenciou. Agora estou atuando como antiquário, justamente com toda a bagagem herdada, principalmente de minha mãe e de meu avô, homem extremamente culto. Ele cresceu no Rio Grande do Sul e ele era muito apegado a sua família, passou tudo que aprendeu para nós que levaremos esse conhecimento para o resto de nossas vidas, independentemente do lugar em que estivermos. Minha mãe tinha muitos livros e nos contava as histórias de Voltaire, Madame Pompadour. Nos falava de porcelana de Sévres, de prataria inglesas e muitas outras marcas importantes de manufatoras europeias tradicionais. Éramos todos temperados para as artes, isso desde crianças, eu e meus irmãos. Um tornou-se médico, outro fotografo e o terceiro advogado, todos ligados as artes. Dona Eurídes Lima é muito forte, hoje é dia das mães, fica aqui minha homenagem a ela. Na feira temos uma realidade que não é simples. É uma afirmação do nosso conhecimento e de aprendizado, uma experiência importante e sem-fim, em todos os sentidos. Eu e meus colegas, temos que ter realmente bagagem suficiente para podermos trabalhar aqui. O publico é muito exigente e com razão. A proposta de nosso escritório é trabalhar com arte contemporânea, móveis e objetos europeus e principalmente arte tribal, africana e brasileira, pré
-colombiana e asiática. Waldo Leite é um homem elegante, não perdeu a oportunidade de convidar seu entrevistador para visitar sua sede, seu escritório instalado no Conjunto Nacional na Av. Paulista. Como antes já afirmara. Convidou-nos para visitar também seu site o www.cesarcruz.com.br Onde nos fala de autores como:Jeff Kans, Sonia Éblin e muitos outros; tudo veiculado em seu site. Consulte-nos pelo e-mail waldoleite@yahoo.com.br para qualquer esclarecimento sobre as peças. Aqui no Brasil se confunde o antigo com antiguidade; por exemplo um móvel usado que pertenceu aos nossos avós, pode não ser antiguidade necessariamente. Para isso deveria ter sido confeccionado com determinada madeira, com apliques em bronze, etc. Tem que ser muito bem feito assinado pelo autor e se pertenceu a alguém muito importante. Tem que ter uma boa marca, um valor estético coadunado com a época de sua confecção. Se a peça é representativa de uma época. São muito itens a se preencher para se considerar se é algo realmente antigo. Uma peça arqueológica datada de milhares de anos, por exemplo, representa um documento histórico, também, portanto vai além de uma peça antiga. Podem e devem se tornar peças de museu. Em nosso escritório tem, por exemplo um cavalo em terracota da dinastia Han, China datado de 200ac a 200 dc, não podemos determinar ao certo, mas a peça tem aproximadamente 2000 anos. Não tem preço, não se viu outra similar para poder avaliar. Ela pertenceu a um diplomata que a tinha em sua coleção. O escritório Cezar Cruz a mantém em seu acervo permanente. Muitos visitantes a admiram e comentam a existência de uma peça tão rara. É bom para nós, ficamos mais cotados, aos olhos do publico. Waldo Leite passa a nos narrar que em seu escritório já estiveram clientes, que na ansiedade de conseguirem bom negócio para uma determinada peça, conversaram bastante mas não conseguimos chegar a uma conclusão, todos sabíamos que a peça era especial, mas os interessados resolveram deixar para outra ocasião, sabe? De repente resolvem abaixar o preço e nós fazemos bom negócio. Devem ter pensado. Certos de que a estratégia estava certa, saíram. No escritório sabíamos que o valor era bem estudado e o mantivemos intacto. Passados de dois ou três dias, os mesmos pretendentes voltaram, disseram que a peça era mesmo necessária em sua coleção. Foi surpreendente, mas a peça já havia sido vendida a outro colecionador. Era muito rara, completava toda uma suíte já composta durante muitos anos de pesquisa, não podia faltar. Só restava ir procurar os compradores, mas não pudemos oferecer o endereço, é óbvio. Nós procuramos informar bem nossos clientes, antes de oferecermos uma peça, pesquisamos em catálogos, levantamos comentários de críticos, preços, estado de conservação da peça, valor real de mercado, origem da peça, material aplicado em sua confecção e até dados biográficos do autor, etc. Procuramos preservar nossa credibilidade. O cliente chega com hora marcada, senta conosco para uma boa conversa, toma o nosso indispensável cafezinho, italiano lógico. Uma verdadeira aula. Todos aprendemos, muito. Nosso escritório faz avaliação de coleções, tudo muito bem fundamentado, até para ser colocado em mercado europeu. A cliente precisa dessa segurança. Waldo nos fala com muita propriedade e demonstra muita segurança em suas afirmações. Podemos concluir que ao consultar o escritório César Cruz, ou até mesmo na Feira de Antiguidades – MuBE, que suas informações são honestas. Voltamos ao acervo do escritório: A coleção de arte tribal é muito grande e da maneira como foi distribuída, dá ao escritório um porte muito especial, forte, a disposição da coleção causa muito impacto, realmente impressiona a clientela. Que muitas vezes nem conhece essa área do colecionismo. Temos também compromisso com o valor futuro, atribuído a peça, pois ao compra-la o cliente não pode se sentir lesado, tem que ter certeza, inclusive da valorização do objeto comprado, inclusive, valor cultural. Procuramos ao mesmo tempo em que trabalhamos objetivando lucro e enriquecimento do acervo, voltar nosso trabalho como experts, para um lado social, como exemplo nós oferecemos como doação peças a museus públicos. No Museu da Língua Portuguesa tem peças expostas com legenda indicando doação o Escritório César Cruz. Não bastasse isso muitas vezes emprestamos parte de nosso acervo a alguma curadoria de alguma exposição importante. Já é de nossa mentalidade fazer com que, nosso acervo, no futuro venha a fazer parte de algum Museu. É um sonho nosso. Quem sabe! Se Deus ajudar. 

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